Na última quinta-feira (12), um incêndio de grandes proporções atingiu a área de mata entre a Escola Estadual Dona Maria Alice Crissiuma Mesquita e o Instituto Educacional Santa Terezinha, em Carapicuíba. Apesar da gravidade do incidente, que levou à evacuação das escolas e à suspensão das aulas naquele dia, as atividades foram retomadas na sexta-feira (13), mesmo sem condições adequadas de segurança.
Segundo relatos de pais, muitas crianças passaram mal devido à inalação de fumaça e tiveram que retornar para casa. A decisão de reabrir a escola foi tomada pelo dirigente regional, Hilton Silva, recentemente nomeado, que ignorou os riscos à saúde e segurança dos alunos.
Há suspeitas de que a plataforma BIAÍ, utilizada para monitorar a frequência escolar, possa ter influenciado essa decisão. Além da frequência, a plataforma monitora outras ferramentas educacionais, como o Matific e o Elefante Letrado, que custaram milhões de reais. Professores, temendo represálias, relataram que não se sentem à vontade para falar sobre o assunto.
Essa situação levanta sérias questões sobre o comprometimento da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e do dirigente regional com o bem-estar dos alunos. Até que ponto é aceitável tomar decisões humanas com base na performance de uma plataforma? Será que a BI (Business Intelligence) é realmente uma ferramenta ideal para tomar decisões e verificar as necessidades reais dos nossos alunos, considerando a realidade em que vivem?
É importante enfatizar que toda a equipe docente apenas executa as ordens da Seduc e do dirigente. É urgente que medidas sejam tomadas para garantir que situações como essa não se repitam e que a prioridade seja sempre a segurança e o bem-estar dos alunos.
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